21 janeiro 2014

Inerte, eu? Jamais!

 

   Descrever a inércia a que estamos expostos diariamente não é uma tarefa fácil e engana-se quem acha que tentarei. Quero dizer, quisera eu poder compreender cada mente e o que impulsiona sua continuidade. Sei dizer que de acordo com minhas ideias ela não escolhe quem vai guiar, nós nos deixamos ser escolhidos e mais do que isso, nós a escolhemos. Cada um de nós ao admitirmos o comodismo como condição natural abre uma porta para a ação da inércia, porta esta capaz de abrir-se com a mesma naturalidade com que a inércia nos faz pensar que estamos vivendo normalmente, oras, quem em sã consciência quer viver normalmente? Quero distância do normal, por mais normal que isso seja. Então caímos em um paradoxo? Depende, caso o "seu normal" não admita o impossível, caímos sim. Confuso, não é?
E de que mais é feita a vida senão confusões? Agradeço diariamente por isso, imagine se a vida nascesse desvendada...A que estaríamos submetidos? A fluir, apenas? Quero distância do fluxo, a não ser que ele seja o MEU fluxo. Quero distância da normalidade, a não ser que EU dite o normal. Julgam-me como sonhadora, ingênua, boba...E eu não tenho argumentos, não direi que não sou eu a ingênua diante de um mundo dotado de argúcia. Direi apenas, e concorde quem concordar, que eu sou dona também da minha ingenuidade, livre da esperteza ditada pela inércia porém dotada de sabedoria para trilhar meu próprio caminho.

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